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 GATO MISTICO


QUANDO TUDO COMEÇOU

Dificilmente alguém, ao imagina a casa de uma bruxa, deixaria de ver, ao seu lado, a dormir preguiçosamente ou atento ao caldeirão, um gato. Ilustrações como esta que está aqui ao lado de Bernard Zuber,  assim como tantas outras, medievais ou modernas, atestam a estreita associação entre felinos e bruxaria.

Mas, como se iniciou este veículo tão estreito? As vezes, a mera posse de um gato tornava a pessoa suspeita e acusada de bruxaria.

Os gatos e as bruxas parecem estar intimamente ligados em todas as representações gráficas que se fazem das bruxas, elas estão sempre com um gato ao seu lado.Esta associação aparece com grande destaque durante a idade média. Nesta época, pensava-se que os gatos eram demônios ou que pelo menos "possuíam" um demônio dentro de si.Acreditava-se que eles diziam às bruxas o que fazer ou ainda escutavam as conversas dos donos da casa para passar informações e instruir aos bruxos o que deveriam fazer. Era tão grande a crença desta ligação, que da mesma forma que se queimavam as bruxas se queimavam os gatos. Havia até um dia especial dedicado à queima dos gatos.As bruxas possuíam gatos como quaisquer pessoas hoje os possuem, mas também possuíam por outra razão em especial: acreditavam que os gatos tinham a capacidade de perceber e entrar em contato com outras entidades e com espíritos.Nessa época, não era permitido que um gato entrasse em um cemitério enquanto enterros estavam sendo realizados, pois acreditavam que se um gato estivesse sobre o túmulo ele estaria esperando para apoderar-se daquela alma.

A origem desta crendice era devida à prepotência humana e ao orgulho dos gatos, pois eles não se submetiam às ordens dos homens como os demais animais. Acreditava-se que os gatos tinham pacto com os demônios e com as bruxas entre outros pelos fatos:

-Eles tinham habilidade de ver coisas que o homem não via;

-Saiam à noite para local onde ninguém se atrevia a ir, pois achavam que durante à noite eram os demônios que saiam;

-Tinham facilidade de antever a morte;

Muitos gatos eram jogados do alto das igrejas para que morressem e, no entanto, caiam em pé e fugiam. Até o simples facto de falar com um gato era considerado sinal de bruxaria. Os gatos também eram utilizados em adivinhações. Colocavam vários objectos com um determinado significado em um local e em seguida "pediam" para que o gato escolhesse um deles. Diziam que sua escolha baseava-se na sua capacidade de comunicar-se com os reinos ocultos e saber suas respostas.Também "funcionavam" como um radar para perceber as más energias das pessoas e dos lugares.Fora as bruxas, as tradições nórdicas associavam os gatos às fadas. As pessoas acreditavam que através de seus olhos poderiam penetrar e conhecer este maravilhoso mundo alheio aos olhos dos mortais.As capacidades de perceber com antecedência a morte de uma pessoa, fenômenos e desastres naturais que são comuns, em alguns gatos eram "profecias" levadas muito a sério antigamente.Essas capacidades dos gatos eram usadas, tanto na magia negra como na magia branca, porém isso não significa que os gatos eram bons ou maus, assim como a magia em si não é. A diferença entre estas duas formas de magias é a intenção com que as pessoas as usam: se para o bem ou para o mal. Da mesma forma que uma faca serve para cortar alimentos pode ser usada para matar alguém.